Arcelino
Arcelino Augusto de Azevedo
(1913-1972)
Nota Biográfica
Arcelino Azevedo fotografou a cidade de Braga e outras cidades e vilas da região, abrangendo as décadas de 1940-60.
Concluída a instrução
primária, como era habitual naqueles tempos, começou a trabalhar na Casa
Santos Lima, um fotógrafo prestigiado, com estúdio no Largo 'Barão de
São Martinho”. Ali aprendeu os primeiros segredos da fotografia vindo a
revelar-se um dos mais talentosos fotógrafos bracarenses.
Trabalhador estudante, ainda frequentou a
Escola Industrial, mas não chegou a concluir a sua formação académica.
Depois de cumprido o serviço militar obrigatório passou, em 1934, a
afirmar o seu nome na Casa “Pelicano” então situada ao Largo Barão de S.
Martinho, onde se manteve até que em 1965, ano em que o proprietário
faleceu. Retratou nessa altura uma grande parte da população bracarense
dessa época – quem não tem um retrato seu, assinado por Arcelino?
Em 1965 abriu no Largo de S. Francisco o seu próprio negócio, o chamado Estúdio Arcelino. Era “o culminar de um sonho de longos anos de um fotógrafo que, aos poucos, soube captar a imagem da sua cidade, desde o momento mais importante até aos discretos recantos ou figuras do quotidiano, cuja beleza simples só os olhos sensíveis de um artista, como Arcelino sempre foi, podem descobrir", como refere a ASPA num boletim que editou em homenagem que lhe prestou numa exposição de alguns dos seus trabalhos no Museu dos Biscainhos, com o patrocínio da Fundação Calouste Gulbenkian, entre 18 de Outubro e 29 de Dezembro de 1985.
Participou em algumas exposições individuais e coletivas como por exemplo "Solares Minhotos” no Palácio Foz em Lisboa, em 1970, uma organização do SNI – Serviço Nacional de Informação.
Para a sua morte precoce (59 anos) no dia 11 de Novembro de 1972 terão contribuído as condições de trabalho em laboratórios escuros e abafados e o manuseamento de ácidos que continuamente respirava.
